essa gente que sabe das coisas:

- É isso. A poesia.
- Não entendo.
- O que me fascina em si não são só os seus olhos negros, esse olhar de confiança absoluta. O que mais me encanta são as suas palavras lindas.
João Rosa sabia: falar bem é o mais inebriante dos perfumes.

(Mia Couto em olhos nus: olhos)

Ps.: inebriante é uma palavra tãu liiinnndddaaaaaaaaaa <3

eu daria:

- jude law;

- natalie portman;

- leminski;

- marisa monte;

- chico buarque;

- thais gulin; 

- o vocalista do beirut;

- mark ruffalo;

- caio blat;

- wagner moura;

- maria casadevall;

- todos os barbudos lindos do pinterest;

- mel lisboa;

- audrey tautou;

- nathalia dill;

- barba, cabelo desgrenhado, botina, calça jeans rasgada, camisa, bolsa transversal, óculos de aro preto, um livro, uma câmera ou um instrumento musical nas mãos.

Velho Buk

Na livraria, minha mulher me vê com os livros na mão e me diz: - Nunca comprou Bukowski...
Digo que leio pelo computador, mas decidi que esse merece o contato físico.
Ela pega o livro e lê a contra capa : "...É o bepop dos marginalizados, dos perdedores, pensadores de sarjeta, filósofos encharcados de uísque vagabundo."
E diz: - Tua cara...
Não sei se isso me deixou feliz. Ou me fez pensar que tem algo errado comigo...

alguém deve ter deixado o ar-condicionado da casa numa temperatura exageradamente baixa.

porque de atípica, hoje, só essa sensação (interna) glacial em meio a um clima que pede ventilador.

ps¹.: acho que eu deveria retornar com qualquer coisa mais feliz, né?

mas, enfim, as atipicidades* do cotidiano nem sempre são flores.

*olha só, acabei de descobrir que essa palavra existe. se meu post não valer por mais nada, serve para que mais alguém possa tomar conhecimento desse lindo vocábulo! u.u

ps².: o ps anterior ficou tão grande que a frase-postagem se perdeu lá em cima. vou deixá-la em letras gigantes.

tiau :*

Alguém em casa?

Sabe aquela idéia que surge, parece que será genial e fodástica, mas de repente morre? Pois é... Aconteceu com este blog! Morreu meses após seu começo. 

Permaneceu ali como uma casa abandonada com todos os móveis dentro, como se todos tivessem saído sem planejar. A mesa posta, as camas ainda como se todos tivessem acordado recentemente. Mas vazia, sem vida!

Mas um dia, de repente, alguém tem um rompante de voltar pra casa. (Aquelas idéias que se tem no banheiro, enquanto se escova os dentes ou se utiliza o vaso sanitário, quando se pensa em qualquer coisa para não se pensar no que se está realmente fazendo). Enfim, esse alguém passa em frente a casa e resolve entrar.

Poeira, teias de aranha, grimpas jogadas no jardim... Mas ainda parece que pode voltar a ser uma casa habitável. E de repente percebe que outro alguém passou por ali também, talvez por curiosidade. Ou quem sabe por saudade. 

Então, com uma pitada de esperança de que alguém tenha tido a mesma idéia nostálgica, esse alguém pergunta:

- Olá! Tem alguém em casa?